quarta-feira, 21 de março de 2007

O ajudante

Boris havia trabalhado por mais de trinta anos em parques de diversões. Hoje aposentado, gostava de reler seus antigos rascunhos. Ele fora projetista de trêm fantasma e tinha uma coleção invejável de documentos e métodos de como deixar o pêlo de seu público de pé. Apesar de toda a experiência e anos de sustos bem dados, havia uma particularidade que o deixava triste: ele nunca conseguira fazer um bom títere do Conde Drácula, um que fosse charmoso e malignamente persuasivo e era sempre obrigado a colocar Stoivch, um ator real, escondido entre as ferragens de autômatos.

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